BRASÍLIA - O Banco Central (BC) afirmou nesta terça-feira, 22, que a estimativa da dívida externa brasileira em outubro ficou em US$ 297,576 bilhões. O valor é levemente inferior à estimativa feita em setembro, de US$ 297,615 bilhões. Em relação ao último dado fechado, a estimativa de outubro apresenta crescimento, já que, em junho, o valor efetivo da dívida externa era de US$ 291,648 bilhões.
Segundo o BC, em outubro de 2011 a estimativa da dívida externa de longo prazo era de US$ 250,732 bilhões. Já a parcela dos compromissos de curto prazo somava US$ 46,845 bilhões.
Taxas
A taxa de rolagem nos empréstimos de médio e longo prazos contraídos no exterior alcançou 412% em outubro, segundo dados do Banco Central. O índice é menor do que o observado em igual mês do ano passado (912%). O porcentual de outubro foi alcançado porque os créditos contraídos naquele mês somaram US$ 1,496 bilhão, montante mais do que suficiente para cobrir os vencimentos de US$ 363 milhões.
Segundo o BC, a taxa de rolagem foi liderada pelos empréstimos diretos, cujo índice ficou em 489% no mês passado. Já nas operações com títulos, a taxa de renovação foi de 53% em outubro. De janeiro a outubro, a taxa de rolagem está em 486%, sendo que os empréstimos diretos têm índice de 423% e as operações com títulos estão com 626% de rolagem.
Ações
O investimento estrangeiro em ações somou US$ 427 milhões em outubro. O apetite dos estrangeiros pelas ações brasileiras diminuiu drasticamente na comparação com outubro de 2010, quando a entrada desses investidores no mercado somou R$ 14,536 bilhões.
O observado em outubro de 2010 representa quase três vezes o registrado nos dez primeiros meses de 2011, quando a entrada de estrangeiros somou R$ 5,407 bilhões.
Das operações realizadas em outubro de 2011, US$ 266 milhões ingressaram no País para a compra de ações negociadas no mercado brasileiro. Houve ainda entrada de US$ 161 milhões para recibos de ações brasileiros negociados no exterior, como as ADRs.
O BC também informou que estrangeiros reduziram a posição em renda fixa em US$ 30 milhões. Essa retirada ocorreu com os papéis negociados no exterior, que apresentaram saída líquida de US$ 38 milhões. Já os papéis negociados no Brasil tiveram aumento líquido da posição estrangeira em US$ 8 milhões. Em outubro de 2010, estrangeiros haviam aumentado sua posição em títulos de renda fixa em US$ 2,238 bilhões.